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Relato de Parto: ouvir os sinais de Deus e discernir outros caminhos

As contrações começaram na sexta-feira às 3h30. Fui vivendo sozinha para ver se engrenava até umas 6h da manhã quando avisei ao marido e para Aline Barcelar e Wanessa Volpato que estavam me assistindo como Enfermeira Obstétrica e Doula. Foi tudo incrível como pedi a Deus, a Teresinha e a São José. Chegamos saudáveis ao final da gestação, parto perto da DPP, pressão maravilhosa (fiz uso de AS+cálcio, como profilaxia e foi salvação), sem edemas.


Em casa, bem apoiada, amada e em clima de oração constante: vivi todas as fases e quando a reta final foi chegando uma dor SURREAL começou, corremos para o hospital achando que já estávamos perto da fase expulsiva… E o expulsivo tava perto! Passamos pela triagem: dilatação completa, corre para a sala de parto e na minha cabeça estávamos prontos para viver o final! Mas aquela dor surreal só aumentava! Era incomum pra mim… não tinha nada a ver com contração exatamente. Era uma pressão que eu não conseguia explicar…


Fui resistindo, resistindo, pedi analgesia, chuveiro, compressa e ela não cessou, mas fui resistindo! Não sei como cheguei tão longe com aquele nível de dor. Viveria outros três partos de Otto e não daria nem 10% daquela dor que sentia. Olhei para marido, Aline e Wane e até para equipe médica e comecei a gritar “SOCORRO não tá normal!” - comecei a discernir em mim e pedi para pararmos por ali. Queria ir para a cesárea… Inicialmente eles pensaram que eu tava na partolândia (e até tava - porém, bem lúcida!) e que queria desistir porque em geral é o que se pede nesse momento!


Mas, de verdade, a dor era absurda e eu estava mesmo pedindo socorro enlouquecidamente. Conversamos, percebemos que realmente já era o momento e fomos para o bloco. Pensei que ia desmaiar de dor… Depois contando para @fisionathisantos como me senti ela explicou melhor o ocorrido. Era assinclitismo o nome… Dante ficava batendo no púbis e não descia. Ficou parado no primeiro plano e não tínhamos como “fazer algo” comigo exausta e ele tão alto.


A cesárea que eu pedia era realmente necessária! E por graça de Deus eu “desisti” na hora certa, minhas amigas me apoiaram no instante em que decidi, meu esposo correu para adiantar o bloco… E Dante chegou! Os primeiros minutos foram bem difíceis, seu choro era tão esperado mas, enquanto eu não ouvia, cantava: “sopra em mim Senhor, o sopro da vida!” E em meio a essa oração ele enfim veio aos meus braços, cheio de vida! ♥️✨ Cesáreas salvam vidas, Dante foi salvo no momento certo porque todo período no expulsivo “sem rota” foi deixando-o sem oxigênio. Teríamos muito em breve um quadro mais grave de sofrimento fetal!





E eu, fui muito, muito em paz para este desfecho! Fui muito feliz por ter suportado tanto… Mais feliz ainda porque tinha ao meu lado pessoas de fé, de oração! Pessoas quem viam tudo e viviam tudo rezando comigo! Foi lindo, inesquecível! Um novo que guardarei para sempre! Deus fez muito em mim no dia 07.11 e jamais esquecerei! Obrigada Aline (EO) e Wane (Doula) vocês duas foram incríveis! Senti o céu em vocês e só suportei tanto pq tinha em vocês a presença e a força de Nossa Senhora muito clara em cada frase, abraço e ação! Obrigada MARIDO! Vc foi extraordinário…




Não esquecerei jamais quanto dessa cruz você roubou de mim, suportando e me dando alívio! Trocando de lugar comigo no olhar, no amar e no cuidar! Não foi em vão! Tô muito feliz e grata a Deus que nos confiou Dante nesta jornada! Mas, vou dizer viu? Pelo que tenho sentido no pós-parto eu jamais escolheria uma cesária sem uma real necessidade! Que dor absurda! Levantar, tomar banho, tá tudo sendo muito difícil… Mas, por tudo daí graças! Bendito seja Deus por este começo, meio e fim que mudou muito em mim e em nossa família!


PARTO É GUERRA! Literalmente!

 
 
 

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